Letra da música de Bruno Magalhães

Você veio do céu e um anjo te anunciou / Me deu paz e sossego e minha vida você alegrou / Você é maravilha, é tudo que eu sempre quis / Da história perfeita és o meu final feliz / Vou cuidar de ti / Vou te dar carinho e muito amor / Vem ninar bebê / Que a cidade inteira já acordou / Pra te ver dormir / Quero ser seu porto, sua estrela-guia / Seu castelo de sonhos, sua fantasia / Um herói sem arma do seu dia-a-dia / Vou te mostrar o meu mundo / Minha doce Bia

domingo, 22 de agosto de 2010

Corra, Bia!

Ontem fui à praia com minha doce Bia, e uma outra criança que estava na nossa casa me pediu para ir junto conosco. Após a permissão de sua mãe fomos as 3 caminhar na praia. Caminhar é forma de dizer, porque Bia corre com todas as suas forças.

Ao estar com 2 crianças tão diferentes pude perceber mais claramente o que já tinha presenciado várias vezes com orgulho. Enquanto a criança mais velha grudava na minha perna e colava sua mão na minha, Bia buscava o horizonte. Ela tinha tanta segurança em se distanciar de mim que chegava a ser perigoso, eu tinha que ter fôlego para me manter próxima.
Uma vez meu cunhado disse: "Deixe-a ir pra ver até onde ela vai." E ela vai, até enquanto tiver horizonte. Seus braços abertos, seus cabelos ao vento e suas pernas voando. Ela tem pressa de desbravar o mundo e o faz sem medos, sem receios, sem inseguranças. Vê-la tão feliz me faz refletir sobre minha presença na sua vida.

Reconheço a importância da minha dedicação para que ela sinta-se tão confiante. Ao mesmo tempo deduzo que ela já almeja se distanciar de mim, buscar uma independência para além dos meus braços. Isso me faz prever seus passos futuros e me preparar para essa saudável autonomia seja em que idade for. Afinal, os filhos não são nossos, apenas nos foram provisoriamente confiados. E vê-los no mundo, caminhando com tanta certeza, nos faz ter fé em nós mesmos.
Então lembro da citação de Mário Quintana:

"O segredo não é correr atrás das borboletas... Mas cuidar do jardim para que elas venham até você."

terça-feira, 20 de julho de 2010

Ser mãe é padecer no paraíso!

Ontem minha doce Bia adormeceu sozinha em seu quarto! Você não entendeu: eu fiz tudo como de costume, dei um beijo de boa noite e tchau, saí do quarto...e ela dormiu!!


Antes eu ficava ao lado da cama até ela pegar no sono (se ela ouvir eu dizer cama ela me corrige: "é mini-cama") . De vez em quando ela ainda pedia para ir pro braço, mas eu caprichava no cafuné. Aos poucos fui "desmamando" os carinhos, até que eu me distanciasse emocionalmente o suficiente para ela não precisar de mim para adormecer. Agora eu só precisava mostrar isso a ela. Claro que quando saí do quarto fiquei o mesmo tempo lá fora, aguardando o veredicto para passar para o meu marido. Quando ela finalmente dormiu, ficamos com vontade de soltar fogos, mas aí ia acordá-la, então desistimos. rsrsrs


Eu particularmente adoro colocá-la para dormir. É um momento prazeroso, só nosso, em que ela está bem mais relaxada do que na agitação do dia-a-dia em que corre, pula, dança... Ali faço massagens, digo que a amo, falo do nosso dia, conto o dia seguinte, elogio sua inteligência, admiro sua beleza, cheiro seu pé, acaricio sua barriga, relaxo e me encontro como mãe. Vou continuar fazendo tudo isso, mas tiro dela a dependência de mim para dormir. Aliás, ela já era independente apenas não sabia. Faço isso pela minha pequena, pois o melhor presente que posso dar é sua liberdade para ser alguém longe de mim.

Hoje ela novamente dormiu sozinha e eu com o coração apertado e radiante ao mesmo tempo só consigo pensar na frase:


" Ser mãe é padecer no paraíso!"

quarta-feira, 30 de junho de 2010

A primeira noite na mini-cama.

Ontem transformei o berço da minha doce Bia em mini-cama. Eu estava mais ansiosa do que ela pra saber como seria a primeira noite.
Coloquei grades baixas na caminha que iria continuar no mesmo lugar e dispus as mesmas companheiras de sono: uma boneca de pano chamada Bia que ela ganhou de titia Allyne ao nascer, outra de pelúcia com chupeta que ganhou de vovó Docéu e um travesseirinho bordado com a oração do Santo Anjo. Eu tinha planejado fazer todo o ritual como de costume: janta, brinca um pouquinho, um banhinho morno, um leitinho ouvindo uma historinha (a do momento é a dos 3 porquinhos), escova os dentes, veste o pijama e vai para o berçinho, com direito a outra historinha e canções de ninar cantadas ao pé do ouvido.
Mas ontem era o dia que a minha pequena tinha que fazer o reforço da vacina H1N1 e como ela costuma dormir à tarde de 13:30h até 15:30h e a vacina era só até às 16h resolvi levá-la às 13:30h. Até porque de manhã ela tinha acordado 2 horas mais tarde e quando isso acontecia ela relutava muito em dormir à tarde. Planejei então colocá-la pra dormir à noite mais cedo.
Pura ilusão! De tão cansada Bia adormeceu em pleno supermercado às 17:30h. Cheguei em casa e a coloquei na mini-cama tão aguardada por mim.
Quando menos espero, escuto um chamado vindo do quarto: mamãe!! Era aproximadamente 19:30h (as 2h horas que ela costuma dormir) e ela agora queria brincar...

Os filhos vêem nos mostrar que nós não temos o controle de nada, todos os nossos planejamentos são só planos, a vida em si é cheia de belas surpresas, doces imprevistos e "tiros que saem pela culatra".
E mesmo assim a vida é DELICIOSA!!!
Bia com aquele sorrisão às 20h pedindo: "vamos brincar, mamãe?!" me desconcertou a ponto de eu quebrar minhas próprias regras.
É que eu descobri que a vida não é feita de regras, é feita de momentos!!
Obrigada, Bia, por me ensinar tanto!

domingo, 27 de junho de 2010

Lição de cidadania

A semana passada pedi a minha mãe para levar minha doce Bia ao hospital onde trabalho, pois naquele dia ela tinha acordado doente e a pediatra concordou em atendê-la mesmo sem estar marcada. Bia já saiu da maternidade no bebê-conforto; depois, desde 1 aninho só anda no carro na cadeirinha. Mas como nesse dia não tinha sido planejado, não deixei a cadeirinha do carro com minha mãe. Ela, então, passou na minha casa e, Bia estando no colo da babá no banco traseiro do carro me saiu com essa:
"-Vovó, cadê a cadeirinha? Agora é lei!"
Minha mãe adorou perceber a consciência que a minha pequena tem do assunto e riu muito respondendo que ela não tinha cadeirinha e que naquele dia ela teria que ir no colo. Mas Bia não se conformou com a resposta e foi até lá repetindo:
" Cadê a cadeirinha, vovó? Agora é lei!"
Fico feliz em saber que ela absorve tudo o que eu digo. Ela fala muito para a idade, já conta histórias, conversa com as bonecas, mas dar lição de cidadania é a primeira vez que vejo.
Ah, essas crianças...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Te dou a lua de presente

Há alguns dias, Bia estava admirando a lua da janela do seu quarto quando inesperadamente eu perguntei-lhe:
"-Quer?"
Ela respondeu ingenuamente:
"-Quero!".
De imediato peguei cuidadosamente a lua do céu e a entreguei entre meus dedos.
Seus olhos brilhavam muito mais do que o objeto do desejo. Todo o quarto se iluminou com aquele sorriso de contentamento. As mãos pequeninas seguraram o astro imaginário. Nunca vi tamanha felicidade!
A magia da imaginação da minha pequena me contagiou a ponto de eu me sentir capaz de tal proeza.
Foi um momento passageiro, mas de uma cumplicidade e confiança que me deixaram sem voz. Prudentemente, sugeri devolver a lua, o que ela, a contra-gosto, aceitou.
Mas avisei poderosa:
"-Sempre que você quiser a lua, mamãe pega!"
Sou capaz de dar o mundo a ela, porque não daria a lua?!

Bem-vindos a nós!

Esperei muito por esse momento!! Há exatos 2 anos, 3 meses e 25 dias sou mãe da minha doce Bia. Por ela, caminhei o meu passado e planejo o meu futuro. Por causa dela, sou enfermeira treinada, chef de cozinha estrelada, cantora profissional, psicóloga graduada, pedagoga experiente e criança sapeca. Desde o início tenho vontade de gritar para o mundo meu sentimento. É arrebatador assim pra todo mundo?! Vejo as pessoas terem filhos e voltarem às suas vidas normais como se nada tivesse acontecido. Vejo fotos no orkut de casais como se não tivessem aumentado a família. Alô!! Só pra mim mudou tanto?! É como se toda a minha vida tivesse parado e agora só existisse eu e minha doce Bia. O emprego continua, as horas passam, os dias contam, os amigos conversam, o casamento se enamora, mas parece que tudo está numa outra dimensão...Na realidade só existe eu e minha doce Bia. Demorei todo esse tempo pra achar onde eu posso exprimir todo o meu prazer em ser mãe. Aqui vou rir, chorar, me emocionar, curtir e rever cada momento dessa maravilhosa aventura da maternidade. Sejam bem-vindos a nós!

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